Um dos pontos mais críticos abordados é a fragilidade inerente a certas raças populares.

O Bouledogue Francês, por exemplo, é descrito como a raça que apresenta "o maior número de problemas de saúde", uma visão partilhada unanimemente pelos veterinários. Sendo uma raça braquicefálica, sofre de dificuldades respiratórias, otites, problemas oculares, alergias cutâneas e uma elevada sensibilidade a infeções, para além de uma estrutura óssea frágil.

Esta vulnerabilidade estende-se a outras raças de focinho achatado, como o Boxer ou o Carlin, o que levanta questões éticas sobre a sua criação e a importância da investigação prévia à adoção.

Para além dos fatores genéticos, o ambiente doméstico e o jardim podem esconder perigos inesperados.

Um artigo alerta para a toxicidade dos sapos, cujo contacto pode ser fatal para os cães, um risco muitas vezes desconhecido. Outra ameaça vem da fauna selvagem: os excrementos de ratos-lavadores contêm ovos de um verme redondo, o *Baylisascaris procyonis*, que são "nocivos para o Homem, e mesmo para os gatos, os cães ou ainda os pássaros".

A resistência destes ovos a temperaturas normais torna a prevenção, como a proteção dos caixotes do lixo, ainda mais crucial.

Finalmente, os erros dos próprios donos, como lavar um cão com detergente da loiça, são apontados como prejudiciais, reforçando a ideia de que o cuidado animal exige conhecimento e produtos adequados. A convergência destes temas demonstra que a segurança de um animal depende de uma abordagem holística: da escolha consciente da raça à gestão segura do seu ambiente e à aplicação de cuidados corretos.