Desde a aversão a carícias na barriga até obsessões alimentares peculiares, especialistas revelam que estas ações são ditadas por instintos ancestrais e sensibilidades físicas, e não por capricho.

A análise de vários especialistas ajuda a compreender melhor o mundo felino.

Por exemplo, a recusa de um gato em deixar que lhe toquem na barriga não é um sinal de mau humor, mas uma reação a uma sobre-estimulação física. A especialista em comportamento animal Lena Provoost explica que os folículos capilares na barriga e na cauda tornam as carícias desconfortáveis.

Em vez disso, ela recomenda focar-se em áreas onde se localizam as glândulas odoríferas, como "sob o queixo e as bochechas", pois esfregar-se nessas zonas é um ritual social para os gatos.

Outro comportamento intrigante é a atração de muitos gatos por azeitonas. Segundo especialistas do site Experto Animal, as azeitonas contêm compostos orgânicos, os "isoprenóides", que ativam os recetores de feromonas dos felinos, provocando uma "espécie de descarga de energia" eufórica, semelhante à da erva-gateira. Além disso, o instinto de caça, que leva os gatos a capturar pássaros, é descrito como uma "programação genética" e não como crueldade. Embora um estudo da LPO indique que 22% das presas de gatos selvagens são aves, os artigos sublinham que este é um comportamento natural e que a destruição de ecossistemas representa uma ameaça maior para as populações de aves. Comportamentos como os "zoomies" (corridas súbitas) são vistos como descargas de energia naturais, especialmente em gatos de interior, e a preferência por beber água da torneira pode dever-se à sensibilidade dos seus bigodes, que os leva a evitar tocar nos lados das tigelas.